terça-feira, 13 de setembro de 2011

minha joaninha


quando vivemos no mundo de sonhos e de ilusões, tudo nos é permitido.


foi nesse "mundo" que nasceu uma "criança" fruto de uma "relação" inexistente, mas não menos intensa, criado através de muitas conversas com a "mãe".
como todas as crianças, esta também tem um nome "JOANINHA".


esta "criança" passou a ser a razão de muitas das minhas lutas e persistencias.

sobre a "JOANINHA" é muitas vezes o motivo das minhas preocupações, como se ao encontra-la ao final do dia viria a correr para mim e abraçar-me, como um "filho" faria ao "pai", pela a alegria da sua presença.
apesar de não existir fisicamente, existe em "alma". uma "alma" grandiosa e forte que faz com que muito do meu mundo se mantenha vivo. a sua "existência" faz com que a tenacidade para concretizar os meus sonhos seja tão grande que me surpeeenda.

"ser" que ocupa muitos dos meus pensamento e preocupações, vive dentro do meu coração a espera que um dia seja real.

amo-te "JOANINHA"

simplesmente gosto


gosto de passar as minhas mãos pelo teu rosto
gosto de te encher de carinhos
gosto do cheiro da tua pele nos meus lábios
gosto de acariciar levemente o teu cabelo
gosto de acordar perdido no teu peito
gosto do sorriso que o teu olhar me provoca
gosto da vontade inesgotável que tenho de estar a teu lado
gosto de dançar musica alta enquanto me olhas
gosto de ler os teus pensamentos
gosto quando dizes que gostas de mim
gosto dos poemas que o teu olhar me conta
gosto dos beijos na tua barriga
gosto quando fico pequenino contigo
gosto quando vamos ao outro mundo
gosto de te ver a olhar para mim
gosto quando devoramos um petisco
gosto dos nossos copos de vinho "tinto"
gosto que metas o meu coração em fogo
gosto de sentir ciumes tolos
gosto dos nossos gostos a dois
gosto de te ver saborear a minha comida
gosto de sentir saudades quando ainda estamos juntos
gosto de perder-me a rir contigo
gosto do teu jeito de adormecer
gosto de ouvir a nossa musica de olhos fechados
gosto de passear de mãos dadas contigo
gosto de falarmos de tudo
gosto do teu abraço apertado
gosto da nossa historia
gosto dos amigos que gostam de nos
gosto do amanha que nos espera
gosto de nós assim felizes
gosto de gostar de ti!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

amote ou a grafia dos afectos

"não percebo porque é que "amo-te" se escreve desta forma: amo-te! quando deveria ser desta: amote. amo-te não deveria ter hífen ou tracinho, como se costuma dizer. o amote de que falo, este, não deveria ter espaço, para que nenhuma letra respirasse, para que ficassem ali as letras apertadinhas de forma a não caber mais nenhuma. porque a verdade é que, quando se ama alguém, não cabe mais ninguém ali. porque não há espaço. porque as letras estão literalmente sufocadas por essa palavra que se deveria escrever apenas e só assim: amote."

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Procuro alguém como tu




possivelmente estarás a jantar quando te escrevo esta carta, são 20.34 da noite. não cheguei a falar contigo hoje, mas sempre que falo tenho sempre a mesma sensação de perceber que tudo aquilo que eu quero é algo muito parecido a ti. já não sei se és tu, mas parece-me que a haver alguém com as tuas características, é essa pessoa que eu quero. quero alguém como tu e desde que te conheci que a procuro de forma incansável, na esperança que alguém se assemelhe a ti, que se aproxime do que sinto por ti, que me saiba a ti, que me deixe a pensar, a imaginar-te o que fazes a esta hora, onde e como estarás. mas isto, sem que não o percebas e não te incomodes mais, de forma a que sejamos só amigos como tu pretendes. sejamos claros, a remax em vez de vender andares e colocar outdoors pelo pais inteiro à procura de compradores de cimento e tijolos e cozinhas "nouvelle vague" ou lá o que é, devia dedicar-se ao amor e ajudar-me a procurar alguém como tu – apenas isso - de forma a que continuasses a tua vida sem que alguma vez percebesses que é a ti que eu quero e procuro. a remax, a century 21, a Era, essas imobiliárias de betão, deveriam ajudar-me a procurar alguém igual a ti, em vez de um t2 com vista para o mar, de um andar com 5 assoalhadas, de jardins sustentáveis e condomínios fechados e o diabo a quatro. o melhor vendedor dessas imobiliárias, se fosse mesmo os melhores da europa como dizem que são, poderiam ajudar-me nisto: a procurar alguém igual a ti, colocando em todos os outdoors do pais que têm para o efeito, um anúncio em letras grandes à qual se juntaria a tua foto que diria “procura-se mulher igual a esta”. e posto isto, deixaria o seu habitual número para que lhes chegassem propostas e em todas elas, eu, com tudo o que tinha, hipotecava o que houvesse, desde o recheio da casa, à minha modesta conta ordenado, à minha roupa, aos meus haveres, às minhas acções, desde as boas às más, desde o meu quarto à sala de estar, a este escritório, a esta camisa que uso, a este computador que escrevo esta carta.

procuro alguém igual a ti, peço-te ajuda para isso, não quero interromper a tua vida nem mudá-la, nem sequer fazer perder-te muito mais tempo, desde que me garantas que me arranjas alguém igual a ti. mas tem que ser igual, exactamente igual. promete-me isso, quero esse riso na minha vida, quero essas provocações, quero esse teu voluntarismo desinteressado, quero essa cara, esses olhos, esse cabelo, esse teu jeito suave, esse teu modo descontraído de penteares o cabelo, esse teu modo de vestir, essas teimosias quando estas inspirada, essas respostas na ponta da língua, essa tua vontade de aventura. mas não te quero a ti que tens mais que fazer. esta carta é um pedido de ajuda por isso, porque não é a ti que eu quero, quero isso sim, alguém como tu, alguém que nunca a remax saberá encontrar.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Essa coisa de gostar de alguém

Essa coisa de gostar de alguém

A pedido das mais altas patentes da sociedade portuguesa, entre as quais o meu vizinho da frente e duas ou três raparigas encardidas com os festivais de verão, eis que reponho o texto "Essa coisa de gostar de alguém". É uma espécie de RTP memória neste blog.



Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.

Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?


Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é difícil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

Texto tirado do blog "Espero bem que não" da Autoria de Fernando Alvim
http://esperobemquenao.blogspot.com/

terça-feira, 2 de agosto de 2011

duvida

não deixes um homem na duvida durante muito tempo pois ele encontrará respostas noutro lugar

sexta-feira, 22 de julho de 2011

existe

existe muitas vezes recordações no nosso peito, que de vez em quando resolvem activar o incêndio já adormecido….

para eu conseguir manter o meu coração em silencio tento ignorar a chuva que deixa-me a visão turva. ao mesmo tempo começa a tocar a música provocada pela chuva …. onde estás? como estás? com quem estás agora?

e começo a perceber que com o passar do tempo a minha angustia aumenta, o tempo já não consegue responder a estas perguntas…. até quando? até quando? será que ainda vou esperar muito tempo? para saber como vai ser o amanha que eu tanto desejei….

como vou encontrar o caminho? será que o vou encontrar florido?

eu não desejo alcançar mil amores, desejo um amor que valha por mil. tento olhar para o céu, procuro o meu sol, mas…. neste momento…. está encoberto. as minhas lágrimas caem lentas como as folhas. é com estes mistérios da chuva dos meus olhos que reascende esta minha aflição, pois cada vez que começa a chover são lembranças que chovem no meu coração.